Essa charge de Dalcio Machado mostra de uma forma muito verdadeira e simples a realidade dos atletas brasileiros das modalidade que não são do futebol, volei ou basquete.
Publicado por Dalcio Machado em Terça, 9 de agosto de 2016
Na maioria das modalidades, os patrocínios só acontecem depois que o atleta consegue resultados muito expressivos. Ou seja, até chegar em um nível extremamente competitivo, ele tem que arcar com tudo por conta própria. E isso também inclui deixar a escola de lado muitas vezes, pois como em outros países, não existe essa integração entre universidades e esporte.
Em outros países, o bom atleta ganha uma bolsa na universidade, compete profissionalmente e consegue um bom diploma. Isso no Brasil é algo muito raro. Geralmente é um OU outro.
E depois de passar por isso tudo, muitas vezes acontece o que vemos no último quadro da charge. Um “zé ninguém” que não consegue correr até a porta de casa sem quase vomitar e nunca conseguiu fazer nada de interessante com a própria vida, vem criticar a atuação de um atleta que comeu o pão que o diabo amassou e conseguiu chegar nas olimpíadas.
Felizmente, nesse ano, tenho visto uma reação interessante dos torcedores que foram aos estádio para acompanhar os jogos. Eles tem apoiado de uma forma muito bacana os atletas brasileiro, mesmo quando eles perdem, a torcida aplaude, grita o nome do atleta e faz festa. Isso é uma evolução muito bacana e tomara que continue assim.