Seguimos dando exemplo do que não fazer para o mundo. A ciclovia Tim Maia, que foi inaugurada há 4 meses, teve um de seus trechos derrubado por uma onda.
Foram cerca de 50 metros da ciclovia, que por volta das 11h50 da manhã desse dia 21, que caíram. Três pessoas ficaram feridas e duas pessoas morreram. Existe a suspeita de ainda ter uma pessoa na água.
A ciclovia que fica às margens da Avenida Niemeyer, que liga os bairros de São Conrado e Leblon, na Zona Sul do Rio, foi inaugurada no dia 17 de janeiro. A ciclovia da Niemeyer tem 3,9 quilômetros e vista para o mar.
De acordo com engenheiros, que deram entrevista para o Jornal Hoje, da Rede Globo, o que fez com que a ciclovia caísse, foi o impacto de baixo para cima pela água de uma forte onda que bateu na barragem de pedra que fica abaixo da ciclovia. Como o projeto provavelmente não contemplou essa possibilidade, a estrutura foi feita somente para aguentar pressão de cima para baixo.
A ciclovia era apenas encaixada nos pilares, que ficaram intactos. A onda desencaixou a ciclovia dos pilares e caiu no chão.
Um vídeo foi feito por um usuário do Facebook
Os relatos abaixo foram dados ao site G1
“As pessoas pararam na ciclovia, acharam bonito e ficaram tirando fotos das ondas. Eram enormes. Veio uma maior ainda, a ciclovia levantou e caiu um pedaço. Vi as pessoas caindo. É triste. Toda vez que o mar subir vai ter que interditar a ciclovia, faz parte da natureza. Para mim ela foi mal planejada”, disse Damião.
O administrador Guilherme Miranda passava pelo local no momento do acidente.
“Eu quase morri. Já chegou a imprensa inteira. Cadê o prefeito, cadê o engenheiro que fez essa obra? É desesperador você ver as pessoas morrendo na sua frente. Alguém tem que dar uma resposta disso, foram R$ 45 milhões. Acabaram de inaugurar e já está rachada em vários pontos, passo aqui todos os dias para ir e voltar do trabalho”, disse Guilherme.
Ele relata ainda ter visto três corpos boiando. Miranda criticou ainda o ato de a ciclovia ser afastada da pista, o que deixa o ciclista sujeito a assaltos.
Um outro homem que também passou pelo local pouco antes do acidente relatou que a onda era muito forte. “A onda batia na pedra e subia, varria a Niemeyer e a ciclovia. Era tão forte que não dava pra passar. Eu tive que esperar no meu caminho de ida e volta”, contou Roberto Meliga.