As polícias alemã e austríaca responsáveis pela Operação Aderlass, uma investigação extensa contra o médico alemão Mark Schmidt, descobriram uma nova droga supostamente já utilizada entre os atletas no pelotão profissional desde 2016.
Chamada de Hemoglobina Sintética H7379, a nova droga é uma forma sintética de hemoglobina e tem um efeito muito semelhante ao da EPO (Eritropoetina Sintética).
A droga, produzida na forma de pó liofilizado, aumenta a “circulação de oxigênio” pelo corpo, semelhante a vários métodos usados no ciclismo ao longo dos anos, incluindo EPO e transfusões de sangue.
A Operação Aderlass veio ao público ano passado, após a polícia austríaca fazer uma batida policial no Campeonato Mundial de Esqui e também uma fiscalização na clínica do médico investigado Mark Schmidt. Na ocasião vários atletas foram pegos no controle antidoping e suspensos por até 4 anos.
Os investigadores da operação alegam que já possuem diversos nomes dos ciclistas que fizeram o uso da nova droga, o H7379. Os nomes já foram encaminhados para UCI e para o CADF (Cycling Anti-Doping Foundation ).
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A UCI e o CADF estão submetendo as amostras de 2016 e 2017 aos novos controles para verificar a existência da nova droga.
A análise do passaporte biológico dos atletas tem sido a única alternativa do esporte contra os trapaceiros, já que os controles antidoping estão sempre um passo atrás dos procedimentos utilizados pelos atletas.
Em artigo publicado pela Frontiers in Physiology que analisou um total de 3.683 amostras de sangue dos campeonatos mundiais de atletismo de 2011 e 2013, analisando atletas de 209 países, descobriu que existem grandes discrepâncias nas análises dos passaportes biológicos entre os países. Isso significa que alguns países estão jogando de acordo com as regras, ou seja, estão limpos e outros nem tanto, já que para alguns países os número de atletas com adulterações em seu passaporte chegaram a 74%.
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