Finalmente, após um longo período de testes e protótipos, a SRAM anunciou o seu grupo eletrônico e wireless para ciclismo de estrada, o Red eTAP.
No total, foram cinco anos de desenvolvimento e testes para que a SRAM conseguisse finalmente anunciar o seu grupo eletrônico no mercado. De acordo com a empresa, foram mais de um milhão de milhas rodadas de testes e 45 anos de horas de trabalho humano para conseguirem chegar a um produto final.
Comparando com os dois grupos concorrentes (Shimano e Campagnolo), existem duas diferenças principais. A primeira é que o grupo funciona com um protocolo próprio de transmissão de dados que se chama Airea. O sistema também tem um ANT+, para poder passar as informações para os ciclocomputadores.
E segundo, o sistema de passagem de marchas é completamente diferente: Tanto o passador da mão direita como o da mão esquerda, controlam o câmbio traseiro. Se você apertar o passador da mão direita, o câmbio desce a marcha e se você apertar o passador da mão esquerda o câmbio sobe a marcha. Para passar a coroa, você deve apertar os dois passadores juntos.
Ele é o primeiro sistema completamente Wireless disponível no mercado. Os passadores, os câmbios e a bateria se comunicam sem ter nenhum cabo ligando um ao outro. Isso acabou economizando peso no grupo. A diferença entre a soma do peso dos passadores e câmbios e cabos do Sram Red 22 (609g) e o Etap (686g), é de menos de 80 gramas. São 115g de cabos e conduítes que o Etap não precisa carregar.
O grupo também tem uma novidade interessante: Os chamados Blips, são passadores de marcha remotos que pesam apenas 6 gramas e são conectados aos passadores e podem ser colocados em diferentes locais, como nos drops do guidão da bike de um sprinter, ou na parte de cima do guidão de um escalador.
Para as bikes de Contra-Relógio, onde as manetes confessionais não são necessárias, existe o Blipbox, que faz o trabalho de transmitir os comandos dos Blibs para os câmbios.
O que é extremamente interessante é como funciona o sistema de energização do grupo. Como não existe uma bateria central ligada a cabos em todos os componentes do grupo, cada peça precisa de uma bateria própria para ser acionado. Os passadores possuem baterias CR2032 (aquelas pastilhas) para serem acionadas. E cada câmbio possui uma bateria de lítio, recarregáveis via USB. As baterias dos passadores tem via útil de 2 anos e você só precisará recarregar a dos câmbios.
A SRAM está prometendo uma autonomia de 1000km (no mínimo) e um tempo de recarga de 45 minutos para as baterias.
O preço para recarregador, câmbios, passadores, Blips e BlipBox, será de USD2.760.