Tive a oportunidade de testar a nova Invictus, bike Full-Suspension da marca Sense Bikes, desenvolvida em parceria com a Swift Bikes.
A Sense desenvolveu essa bicicleta em parceria com a Swift Carbon, empresa que desenvolve quadros de carbono e está desenvolvendo um trabalho de compartilhamento de projetos e quadros com a marca brasileira.
Visualmente, a Invictus é um pouco “fora do convencional”, se comparada com a maioria das full-suspension de XC que temos atualmente. Ela não tem o top tube tão “sloop” e isso faz com que a bicicleta aparente ser mais alta. Particularmente, esse foi um fator que não me agradou muito. Eu gosto de MTBikes com o design mais “sloop”.
Ela vem equipada com Shimano XT 1×11, mas é compatível com grupos Di2. A suspensão dianteira também é a OPL da DT Swiss e a traseira é a DT Swiss X313. A trava no guidão comanda as duas suspensões ao mesmo tempo, sendo que ela tem três estágios: Open, Drive e Lock. A suspensão fica na posição horizontal.
O interessante é que esse modelo, que tem um preço bastante interessante para uma bike Top de linha, R$22.000, é toda em carbono. A maioria das Full nessa faixa de preço tem a traseira de alumínio.
O Teste
O teste foi realizado no Sense Eco Bike Park, pista que fica na parte de fora da fábrica da Sense na Zona Franca de Manaus. É um percurso bastante travado com cerca de 1km, curvas MUITO fechadas, uma descida e uma descida bastante íngremes.
Essa foi a bike que eu mais andei entre as opções que existiam lá. Logo no início ela me impressionou bastante e resolvi andar um pouco mais com ela para tentar sentir o desempenho um pouco mais.
Como a geometria da bicicleta fez com que ela ficasse bastante “curta”. ela é ágil em curvas muito fechadas. O percurso tinha muitas curvas fechadas, incluíndo duas seguidas de quase 180º em uma subida MUITO íngrime, mas a bike passou com facilidade.
Mas essa capacidade de fazer curvas realmente me impressionou bastante. Algumas full são um pouco mais lentas na hora de fazer curvas muito fechadas.
Como o percurso não tinha nenhum trecho técnico, com algum rock garden ou algo parecido. Não foi possível testar a performance da suspensão e ver como que essa bicicleta se sai em um lugar mais “complicado”. O percurso tinha apenas algumas ondulações e não chegava a forças a bike.
Porém, mesmo não sendo nada muito exigente, gostei do comportamento das suspensões da DT-Swiss. Mesmo utilizado a trava aberta, a bicicleta não ficava quicando demais. Eu travava a suspensão somente para subir a subida mais íngrime, mas no restante do percurso, em momento algum eu senti aquela impressão de que a bicicleta está mole. Achei a bike bastante firme, mesmo com a suspensão aberta.
E a trava funciona bem! Quando se coloca no modo Lock ela realmente deixa a bicicleta bastante rígida e isso ajudava um pouco na subida que era muito íngrime, na hora de transferir potência para o pedal.
Última observação que eu gostaria de fazer, é o tanto que eu gostei da performance do pneu. A bike vem com um Vittoria Mezcal, que tem um grip MUITO bom. Lá o terreno era tinha alguns pontos escorregadios por conta da humidade da Amazônia e a aderência do pneus era fantástica.
Conclusão
É uma full-suspension TOP, com um preço de bicicleta intermediária e com um comportamento MUITO bom para circuitos trancados. Só faltou testar em locais que exijam mais das suspensões da bicicleta.