O Tour de France de 2014 está sendo marcado pelo abandono de dois dos ciclistas favoritos para vencer a competição, Alberto Contador e Chris Froome.
Essas perdas foram péssimas para a emoção da briga pela Classificação Geral. Vincenzo Nibali (Astana) está andando demais e está fazendo um belo Tour, mas está faltando alguém que tenha pelo menos capacidade de tentar tirar a amarela dele. Mas enfim, o foco é a Tinkoff Saxo e a Sky.
Desde que Froome saiu do Tour, a Sky não fez absolutamente nada. Na verdade, eles não fizeram nem antes, nem depois da saída de Froome. Nenhum dos ciclistas da equipe com o maior orçamento do ciclismo mundial, passou nem perto de ganhar uma etapa. Richie Porte foi escalado como “Capitão substituto” após a saída do Froome, mas foi só as montanhas darem uma apertada que ficou claro que o australiano não tinha a menor condição de fazer nada.
Já a Tinkoff, superou muito bem a saída de Contador. O milionário dono da equipe, Oleg Tinkoff, declarou após a saída de seu principal ciclista, que os seus atletas estavam livres para fazer o que quisessem nas etapas. E eles fizeram um excelente trabalho. Conseguiram vencer três etapas (uma por Michael Rogers e duas por Rafal Majka) e hoje, no final do Hautacam, Majka se consagrou o campeão na disputa por montanhas (camisa Branca com Bolinhas).
Essa disparidade entre as equipes, acaba evidenciando uma outra questão. Será que a Sky tem material humano com capacidade para trabalhar para um ciclista tão forte quanto Froome? Afinal de contas, para se vencer uma grande volta, a equipe é uma peça essencial. E aparentemente a Sky não está com essa equipe toda.
Ao contrário da Tinkoff, que além de ter uma bomba nuclear que era o Alberto Contador, tinha mais pelo menos dois ciclistas extremamente fortes, para ajudar o Contador a brigar com Froome e Nibali.
Não tivemos a chance de ver isso. Mas pelo que estamos acompanhando se Contador e Froome estivessem competindo, é de se supor que Contador teria pelo menos dois gregários nas montanhas maiores e Froome estaria sozinho.
Talvez se Wiggins e Froome não tivessem nessa briga boba, possivelmente o ex-costeletas seria uma grande ajuda para o capitão da Sky.