Contrariando esse imenso tsunami que tem virado o uso de potencíometros, como a ferramenta mais essencial do mundo para um ciclista, O campeão da Camisa Branca com Bolinhas do Tour de France declarou o seguinte:
“Você não precisa saber seus Watts para atacar no Tour de France.” Barguil decidiu não usar o medidor de potência nessa edição do Tour de France.
De acordo com o ciclista, não saber a informação de quantos Watts ele estava gerando ou se ele estava ou não próximo ao seu limite, lhe deu confiança para atacar e vencer etapa do Tour de France 2017.
“Esse ano, eu descobri o prazer dos meus primeiros anos de carreira, quando eu não precisava saber meus Watts para atacar no Tour de France. O público que ama o ciclismo não gosta de assistir provas onde tudo é calculado por medidores de potência. Eu espero que as coisas possam mudar. Disse Barguil para o L’Equipe, depois do Tour de France.
“Eu percebi que tinha que mudar coisas em relação ao Tour de France do ano passado, quando eu tive alguns momentos catastróficos… Esse ano, percebi que tinha mais confiança em mim mesmo quando eu atacava, do que quando ficava no pelotão, andando defensivamente. Eu duvidava das minhas habilidade quando ficava no pelotão, deixando os outros controlarem a prova. Eu me convenci de que não podia ficar com eles.”
Minha opinião.
Eu concordo plenamente com o Barguil. Acredito que está acontecendo um movimento de dependência muito grande dos atletas com o uso do potencímetro.
Com certeza é uma ferramenta fantástica para treinos, só que ter um número dizendo que você está ou não em seu limite, tira a questão psicológica do esporte. E é a cabeça que faz com que você muita vezes vá acima do seu limite em uma competição. Se ficar olhando para um número… Esse número vai te dizer que você já está acima do seu limite… E isso pode tirar a sua confiança.