A UCI está passando novamente por um grande problema relacionado ao doping. Após a divulgação do relatório do CIRC (Cycling Independent Reform Comission). Algumas suspeitas foram levantadas.
O CIRC apontou problemas de corrupção da UCI, na era do ex-presidente da UCI Pat McQuaid e foi esse relatório o responsável pela crise na equipe Astana.
Uma das questões levantadas pelo relatório foi a possibilidade de que micro-dosagens de doping estejam sendo utilizadas pelos ciclistas para burlar os testes do passaporte biológico.
O passaporte biológico é um teste anti-doping que analisa o ciclistas durante todo o ano e não procura por substâncias específicas e sim por modificações nos padrões do sangue o indivíduo testado. Se algo fizer com que o sangue do ciclistas fique com características incompatíveis com sua genética, ele será suspenso, mesmo que não se ache nenhuma substância.
Alguns padrões estranho nos testes levantaram a suspeita e algumas testemunhas envolvidas com o ciclismo disseram que alguns ciclistas do pelotão estão utilizando de micro-dosagens de doping em intervalos de tempo que façam com que a substância (como EPO e hormônio do crescimento) não sejam detectados e nem que as mudanças no sangue sejam grandes o suficiente para apontar algum problema no teste anti-doping.
O ponto negativo
Isso mostra que mesmo com todos os esforços contra o doping, ainda existem pessoas tentando desenvolver formas de burlar os testes e que possivelmente isso nunca irá acabar.
Ponto Positivo
O relatório do CIRC é bastante conclusivo ao afirmar que o doping no ciclismo diminuiu MUITO. E diversas testemunhas, integrantes do mundo do ciclismo afirmam que é possível ser um profissional vitorioso, hoje em dia, sem o uso de doping.
Até porque, as mesmas testemunhas que confirmaram o uso da micro dosagem e testes realizados com ciclistas, afirmam que os benefícios das micro-dosagens não são muito relevantes. Até porque se fossem, apareceriam no passaporte biológico.
As mudanças causadas pela micro-dosagem, fazem com que o ciclista fique com um condicionamento equivalente ao que ele teria se tivesse treinando muito forte e nada anormal, como doping de antigamente, que fazia com que os ciclistas andassem sobre-humanamente.
Existe o problema, mas ele já foi identificado e está sendo combatido, mas esse problema não gera uma distorção tão grande quando o doping de antigamente.