Quinto e último dia aqui no Circuito Vale Europeu, e agora é a hora que metade de você quer chegar e a outra já está com saudades.
Após 397km pedalados e pouco mais de 5500 m de subida acumulada, encerramos por aqui o Circuito Vale Europeu.
E para não gerar dúvidas, o percurso completo do Circuito Vale Europeu tem 300km, mas no nosso caso, fizemos alguns trechos extras para conhecer cachoeiras e a gruta do quarto dia, se vc não viu confere aqui o relato do quarto dia. Então por isso nossa quilometragem ficou um pouco maior.
O quinto e último dia seria o mais desafiador, já que faríamos a maior distância de todos os dias e também teríamos as subidas mais difíceis, como a Serra do Cunha.
Restando então 90km para concluirmos o Circuito Vale Europeu, entre Alto Cedros e Timbó, nos programamos para sair um pouco mais cedo e poder fazer uma pausa pro almoço em Palmeiras, que fica praticamente na metade do caminho.
Saindo de Alto Cedros enfrentamos uma subida bem longa, com inclinação moderada, seguimos tranquilos até o alto.
A única preocupação naquele momento foi a falta de sinalização, em alguns momentos nos questionamos se o caminho estava correto.
Já no fim da serra fizemos uma rápida parada para ir olhar um mapa que estava no celular, mas alguns barulhos bem sinistros na mata e uma pegada no chão nos fizeram mudar de ideia e seguimos em frente.
Após alguns quilômetros encontramos uma casa, e perguntamos sobre o percurso, pra nossa alegria estávamos certos e após alguns metros estava a tão sonhada placa!
Erramos o caminho duas vezes nos primeiros dias, e foram erros “caros”, até uma serra nos subimos por engano, ficamos bem inseguros depois disso. Mas é importante ressaltar que o percurso é bem sinalizado, então nem fiquem preocupados, os erros foram vacilos nossos.
Serra vencida era a hora de descer até Palmeiras, por lá paramos para almoçar em um restaurante/hotel que fica logo na entrada.
Foi o único dia que almoçamos de verdade, nos outros dias ficamos a base de lanches. Fizemos sanduíches bem generosos e foi mais do que suficiente para segurar a energia.
Saímos de Palmeiras já com chuva, aliás, saímos de Alto Cedros e já estava uma garoa bem fina, garoa/chuva que nos acompanhou durante todo o dia praticamente.
A chuva foi um desafio a parte, já que somos de Brasília e não estamos acostumados a pedalar na chuva e muito menos no frio, provavelmente tiramos corta vento ou capa de chuvas uma dezena de vezes.
Após o almoço saímos para a metade final do dia, 50km aproximadamente e no meio desse caminho estava talvez o maior desafio do Circuito Vale Europeu, a Serra do Cunha.
Pós parada seguimos em ritmo bem leve, até para “ajudar” na digestão, e pelos nossos cálculos a serra começaria próxima do km 60, e nessa hora já estaríamos com 4h de pedal.
Nossos cálculos até que bateram, só erramos mesmo na dimensão e proporção da serra.(risos)
Poucas foram as vezes na vida, olha que já pedalo a bastante tempo, que fiz uma serra tão dura, vamos considerar que estamos vindo de 350km pedalados em 4 dias e o mais importante, carregando toda nossa bagagem, eu (Ricardo) com uma mochila de aproximadamente 6kg e a Amanda com uma de 3kg.
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Apesar da dificuldade e do cansaço, fiz a serra até “bem”, e no fim das contas eu estava mesmo era preocupado com a Amanda, já que na noite anterior encontramos algumas pessoas que já tinham passado por lá e elas afirmavam que era impossível fazer a serra pedalando.
Ela repetiu essa história algumas vezes ao longo do dia, percebi que essa serra tinha virado um desafio pessoal e conhecendo ela, eu tive a certeza que ela deixaria seu melhor por lá.
Logo no início da serra ela disse algo como “pode ir” ou “espera lá em cima”, eu só disse que minha única preocupação naquele momento era fazer ela zerar aquela serra, dali em diante concentração total, peito no guidão e na torcida para a serra acabar na próxima curva.(risos)
Resumindo, a serra tem 4 km com 300 metros de ascenção, completamos a escalada em 43 min passando por alguns carros e ela não empurrou se quer um metro!
Agora só faltava descer a serra pelo outro lado e terminar de chegar.
Nos últimos quilômetros o pedal já não rendia, corpo cansado, dores nas costas, frio, mas ao mesmo tempo que o corpo queria terminar a cabeça dizia “já acabou”.
Já em Timbó a chuva resolver descer de vez, cruzamos a Ponte da Thapyoka sobre o Rio Benedito e concluímos o Circuito Vale Europeu molhados, com frio, mas realizados com o feito.
Então é isso, espero que tenham curtido, e agora vamos nos preparar para o próximo deaafio. Se quiser curtir um pouco mais lá no Instagram (@ricocorrea1 e @_amandamartins) tem bastante informação sobre a viagem.
Site oficial do www.circuitovaleeuropeu.com.br
Para informações sobre como nos mandar produtos ou parcerias, mande um e-mail para: comercial@praquempedala.com
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