Enquanto o mundo inteiro segue incentivando o uso da bicicleta como meio de transporte, o Brasil segue com o que costuma fazer melhor! “O contrário do que é certo”.
Uma matéria publicada no Jornal O Globo mostrou que o Brasil cobra mais impostos sobre a produção de bicicletas do que sobre a produção de carros. Segundo estudo elaborado pela Tendências Consultoria para a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), o imposto que incide sobre as bicicletas no país é de 40,5% em média, contra 32% dos tributos no preço final dos carros, de acordo com levantamento da Consultoria IHS Automotive no Brasil. A falta de incentivo fica claro na comparação do IPI: a alíquota do tributo federal é de 3,5% para carros populares, contra 10% para as bicicletas produzidas fora da Zona Franca de Manaus (ZFM, onde há isenção, mas que produz apenas 21% do total do país).
Por conta desses encargos, a bike brasileira, em média, é 54% mais cara do que as americanas. O estudo também revela que a bicicleta brasileira é 68,2% mais cara só por conta dos impostos, isso levando em consideração as bikes produzidas na zona franca. Se essas fossem excluídas da conta, o valor subiria para 80,3%.
No total, os impostos representam 44,5% do valor total da bicicleta.
Ou seja, nós seguimos na contra-mão do que dá certo… O Governo segue estimulando a indústria automobilística e facilitando a condição das pessoas de terem carros e esquece dos incentivos para o transporte público e o transporte individual que não detona as cidades, como é o caso da bicicleta.
Eu não sou radical ao ponto de achar que a bicicleta é a solução para todos os problemas do trânsito. Até porque dependendo da geografia da cidade, o uso da bicicleta fica mais difícil. Mas o transporte público de qualidade em em conjunto ao uso da bicicleta é sim uma solução extremamente positiva para os problemas de trânsito na cidade e tem sido utilizada no mundo todo.
Mas com o tipo de governantes que temos, que estão mais preocupados em fazer “rolo” com montadoras e empreiteiras, do que fazer algo que presta, com a população que não sabe votar e a mídia que não se cansa de esconder os absurdos do governo… Eu não vejo a menor chance disso mudar no curto e médio prazo…