Hoje foi para acabar de moer quem ainda tinha alguma coisa que não tinha sido moída. Um monstro de 22km e o final mais alto da história do Giro d’Itália. E quem chegou primeiro lá foi Thomas de Gendt.
Apesar de não ter sido o percurso mais difícil, deve ter sido 0 mais “doído”. Afinal de contas, enfrentar 218km com duas subidas muito difíceis no final do percurso e uma chegada a mais de 2.700 metros de altitude é dose pra King Kong.
A impressionante performance de De Gendt.
Durante a subida do Mortirolo, a montanha de categoria 1 do dia. Thomas de Gendt (Vacansoleil) atacou o pelotão e se juntou a fuga.
O pelotão vinha completamente esfarelado pela subida, que tinha trechos de terra e uma inclinação fora do normal (Máxima de 21%). Na descida extremamente perigosa do Mortirolo, os escapados ganharam vantagem, já que o pelotão tem mais dificuldade de descer estradas tortuosas do que um pequeno grupo de ciclistas.
Faltando 16km para o final, já na última subida do dia De Gendt atacou a fuga. Foi pego faltando 13km e quase que imediatamente atacou novamente e dessa vez foi embora de vez.
Ele chegou 56 segundo da frente de Damiano Cunego (Lampre) e 2:50 na frente de Mikel Nieve (Euskaltel).
A briga pela Rosa
O grupo dos favoritos vinha em um ritmo forte pela subida. A locomotiva do trem era o gregário de Ryder Hesjedal, Christian Vande Velde (Garmin), que vinha mantendo um ritmo incrível na subida. Porém, não o suficiente para diminuir a vantagem de De Gendt que estava voando.
De Gendt que estava bem classificado na Geral, com apenas 5:4o atrás do Camisa Roda, Joaquim Rodriguez, estava com reais chances de tomar a liderança geral da prova.
Mas faltando um pouco mais de 5km Ryder Hesjedal pegou a ponta do pelotão e começou a fazer a galera sobrar. Consequentemente a vantagem de De Gendt também começou a diminuir.
Somente Michele Scarponi (Lampre) e Joaquim Rodriguez (Katusha) conseguiram ficar na roda de Hesjedal. Scarponi atacou faltando 2km, mas foi alcançado no último km por Joaquim Rodriguez, que também acatou sobre Hesjedal no último km. Acabou que os três chegaram com 14 segundos de diferença entre eles.
Hesjedal continua favorito
Ryder Hesjedal está apenas 31 segundos atrás de Joaquim Rodriguez, que não é bom no Contra-Relógio, ao contrário de Hesjedal.
Ivan Basso que seria um forte concorrente no Contra-Relógio está a mais de 3:00 minutos atrás na classificação geral. Portanto as apostas estão de Hesjedal. Agora temos que esperar amanhã para ver o que vai rolar!!!
Vídeo do final
Resultados
1 | Thomas De Gendt (Bel) Vacansoleil-DCM Pro Cycling Team | 6:54:41 |
2 | Damiano Cunego (Ita) Lampre – ISD | 0:00:56 |
3 | Mikel Nieve Ituralde (Spa) Euskaltel – Euskadi | 0:02:50 |
4 | Joaquim Rodriguez Oliver (Spa) Katusha Team | 0:03:22 |
5 | Michele Scarponi (Ita) Lampre – ISD | 0:03:34 |
6 | Ryder Hesjedal (Can) Garmin – Barracuda | 0:03:36 |
7 | John Gadret (Fra) AG2R La Mondiale | 0:04:29 |
8 | Rigoberto Uran Uran (Col) Sky Procycling | 0:04:53 |
Classificação Geral
1 | Joaquim Rodriguez Oliver (Spa) Katusha Team | 91:04:16 |
2 | Ryder Hesjedal (Can) Garmin – Barracuda | 0:00:31 |
3 | Michele Scarponi (Ita) Lampre – ISD | 0:01:51 |
4 | Thomas De Gendt (Bel) Vacansoleil-DCM Pro Cycling Team | 0:02:18 |
5 | Ivan Basso (Ita) Liquigas-Cannondale | 0:03:18 |
6 | Damiano Cunego (Ita) Lampre – ISD | 0:03:43 |
7 | Rigoberto Uran Uran (Col) Sky Procycling | 0:04:52 |
8 | Domenico Pozzovivo (Ita) Colnago – CSF Inox | 0:05:47 |