Esse final de semana fui com Marconi Cabeleira e alguns amigos para conhecer o tal do Lenhador, uma montanha na região da Fercal em Brasília. Acho que nunca sofri tanto em cima de uma bicicleta.
Nos encontramos próximos a região da Fercal, onde existe uma pequena vila e geralmente é o local de encontro de ciclistas e motoqueiros que tem estão querendo se aventurar pelas trilhas do local.
Saímos por volta das 8:00 de domingo em direção a trilha. Pegamos aproximadamente uns 3km de asfalto até entrar na chamada “Rua do Mato”, que é um estradão largo, mas cheio de sobe e desce… Confesso que as pernas já deram uma leve doída… (tô fraco…)
Chegamos no pé do morro
Andamos uns 5km nessa estrada, pegamos mais 1km de asfalto e chegamos no pé do tal do Lenhador. Me lembro de ter visto a montanha e pensado: “Qua montanha maneira”… Só que quando ví meus parceiros de trilha virando em direção a ela me bateu um certo desespero. Afinal de contas minha especialidade é sprint em ciclismo de estrada… Ou seja, montanha não é comigo…
E toda a minha preocupação se mostrou correta! Era subida que não acabava mais… E o problema não era só a subida, mas a dificuldade do terreno. 90% da subida tinha ou pedras grandes, ou cascalho bem solto, ou valas, ou tudo junto… Foi impressionante a dificuldade.
A primeira subida forte tinha um pouco mais de 600 metros de 16,6% de inclinação MÉDIA!!!! Com trecho que superavam os 25% e mais uma vez… isso tudo no meio de pedregulhos e buracos que não acabavam mais… Como estou iniciando no esporte, as subidas técnicas estão me tirando a paciência… Muitas vezes a inclinação muito grande somada com os abstáculos fazem com que você tenha que desencaixar o pedal… colocar o pé no chão… Subir novamente na bicicleta… É uma m*rda….
Com isso, demorei 9 minutos para completa somente esses 600 metros (que vergonha)… Depois entramos em um single track, também bastante técnico. Estava tudo bem até que fui passar por uma vala, que tinha um buraco de 2 metros do lado… Resumindo… Assustei, errei a vala que eu tinha que entrar e caí direto no buraco… O Cabeleira achou que eu tinha morrido, mas não aconteceu nada… Só no dia seguinte que senti as pancadas doerem um pouco.
A última subida para o topo do Lenhador.
Após ter tirado a poeira do tombo, começamos a subir mais uma vez… E subimos… subimos… subimos… era uma coisa interminável… Apesar de ter somente 1,5km de extensão, a subida tinha 15% de inclinação média e era tão técnica quando a primeira. Confesso que desci da bike e empurrei algumas vezes.
Quando chegamos no topo do morro, minha camisa parecia uma cachoeira de tanto suor que escorria… Se alguém me oferecesse 50 centavos alí eu vendia minha bike (hehehehehe brincadeira).
Mas paramos lá um pouco para aproveitar o visual que era de tirar o fôlego! Valeu a pena a subida para ver aquilo.
O descidão muito doido
Depois de todo o sofrimento veio uma bela recompensa, a descida pelo outro lado do Lenhador é um estradão muito louco. Desce por uma estrada de chão bem larga, uma delícia!! Inclusive esse caminho também serve como uma subida mais fácil para quem quiser chegar no topo do morro sem pegar a trilha tão técnica.
Descemos voando o estradão e pegamos mais uma vez a Rua do Mato para voltar para onde estava o carro. No caminho de volta encontramos uma Jibóia de aproximadamente 1,5m morta na beira da estrada… Aproveitei para tirar a fotinha.
Foi muito sofrimento, mas como sempre, no final a gente vê que vale a pena!
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