Fala pessoal! Quem acompanhou a etapa de hoje do Giro d’Itália, viu que quando faltavam 25km para o final, Mark Cavendish trocou seu capacete por um sem “furos” (entradas de ar).
Cavendish é conhecido por ser bastante atencioso aos detalhes. Ele gosta de tirar o máximo de proveito possível de tudo que ele puder. Esse caso do capacete é simplesmente mais dessas ações para tirar proveito de tudo.
De acordo com testes realizados em túneis de vento, o capacete sem entradas de ar, faz com que um ciclista economize 20 watts para se manter a 70km/h. Velocidade que geralmente os ciclistas atingem durante o sprint (e muitas vezes ultrapassam).
Pode não parecer muita coisa, ainda mais em tempo tão curto… Uma chegada geralmente dura 10 segundos. Porém, nas chegadas, muitas vezes 1 centímetro faz uma grande diferença.
ATENÇÃO: A conta a seguir não é científica é um simples exemplo!!!!
Vamos supor que um sprinter coloque 2.000 watts durante um sprint. 20 watts são equivalente a 1% do total da potência gerada pelo ciclista.
Se ele economizar esse 1%, ele vai atingir os 70km/h com 1.980 watts (2.000w-20w). Portanto, como ele consegue empurrar 2.000 watts no pedal, dá uma certa diferença. Vejam baixo:
Se fizermos uma simples “regra de três”:
1.980W —– 70km/h
2.000W —– X
O resultado dá 70,71km/h. Ou seja, em tese, nessa simples conta, o cara ganha quase 1km/h usando a capacete e isso pode ser o suficiente para vencer uma chegada.
Muitas vezes em sprints, a diferença entre a velocidade máxima do vencedor para o segundo lugar, fica por volta de 1 km/h. Portanto, não estou dizendo que essa vai ser a solução da vida dos sprinters e que todo mundo deve sair fechando os buracos dos capacetes. Mas que faz uma pequena diferença, que pode ser decisiva, faz…
Como eu disse, essa conta não é nenhum estudo científico. Mas exemplifica uma pequena mudança que pode ter um grande efeito no resultado.
Valeu… Abraço!!!