Foi o que disse Roberto Amadio, ex-chefe de Peter Sagan, quando ele correu pela Liquigas Cannondale em 2010. O chefe de equipe acredita que Sagan conseguiria fazer isso se ele estivesse disposto a se sacrificar.
Assim como Bradley Wiggins, que era um ciclista de pista, especializado em perseguição, que é uma prova rápida, onde se sequer força e não leveza, que perdeu muito peso e modificou toda a sua estrutura corporal para tentar vencer o Tour de France. Sagan teria que percorrer um caminho semelhante.
E Amadio acredita que isso seria possível. “Trabalhando com esse objetivo, ele poderia vencer um Tour de France, que tivesse algumas características específicas. Ele teria que se defender nos contra-relógios e nas subidas. Mas é uma discussão complexa”.
No caso de Wiggins, ele se aproveitou de um Tour de France (2012), que teve duas longas etapas de Contra-Relógio, além do prólogo. Isso fez com que a edição da prova tivesse mais de 100KM de contra-relógio.
Com isso, o inglês conseguiu ganhar muito tempo nessas etapas, que ele é especialista. E segurou a onda nas subidas.
Amadio também disse sobre o Sagan: “Com quatro quilos a menos, mantendo um pouco de potência, eles (os adversários) teriam muita dificuldade em fazer ele sobrar nas subidas. Mas é um sacrifício enorme, para o corpo e para a mente. Não sei de vale a pena.”
O próprio Wiggins já declarou várias vezes que o que ele fez para ganhar o Tour de France foi uma tortura.
Amadio também disse que, com 27 anos, Sagan precisa logo se decidir se quer ou não virar um competidor de Classificação Geral, para atingir a forma aos 29 até 32 anos.
Não sei se essa seria uma boa escolha.
Com informações do Cycling Weekly